Sinto-me muito envergonhado pela não ocorrência deste grande e importante evento para nossa cidade. Chegaríamos a 5ª edição neste ano de 2009. Depois de muito esforço inicial (primeira edição), por parte da Orq. de Câmara UEMS - da qual fazia parte com muito orgulho - venda de bilhetes porta-a-porta, busca por patrocínios e tantos outros detalhes, a proposta idealizada de se fazer um encontro da música clássica, barroca e popular-regional não ocorre neste ano. Infelizmente... uma vergonha. Todas as vezes esperávamos ansiosos pelas atrações. Quem estava próximo ao evento e se dispunha a "musicar" também, tinha o grande privilégio em participar das master-classes com atrações do Festival. Contamos com a ajuda de nossos amigos da Orq. Sinfônica de Campo Grande, com a Orq. Barroca do Estado, com o Coral da UFMS para iniciar o projeto - abrindo mão de despesas maiores. Era importante para todos nós o evento. O tempo foi passando, na segunda edição tivemos atrações nacionais.
Foi tempo de aprender com alguns erros cometidos. Digo que, foi um excelente evento. Embora contássemos mais com a presença de um maior público. Todo o projeto era coordenado pela pianista douradense Miriam Suzuki e esposo, Marco Aurélio Carneiro. As propostas foram evoluindo. Ganhamos patrocínio da Petrobras e dos Correios... O projeto da terceira edição sugeria proporcionar o contato do público douradense e da região com mais estilos musicais diversificados... mais uma vez, fomos presenteados com inúmeras master-classes, apresentações em qualidade surpreendente. Vivíamos dias (tinhamos 4 dias para todo evento) intensos. Tudo parecia correr tudo bem. Grupos da America Latina, de nosso país com suas novas propostas... incrível !!! Na quarta edição contávamos com o APOIO da UFGD/IDAC - leia-se Emmanuel Marinho - poeta e escritor de nossa cidade. A custa de um alto orçamento, contávamos com uma Feira de Música e Arte que aconteceu no Parque dos Ipês, atrás do Teatro Municipal. Inúmeros problemas ocorreram... oque inicialmente fizemos a muita custa inicialmente, a coordenação do evento, contava nada menos do que R$ 90.00 (noventa mil reais, isso mesmo, noventa mil reais) oriundos dos patrocínios da Petrobras e Correios... quando eu, orquestra de câmara uems, não tive a oportunidade sequer de "ganhar" o convite; oque se extendeu a orquestra inteira. Era preciso pagar para assistir aos eventos e master-classes. Intrigas a vista... quem coordenava inicialmente, simplesmente "perdeu a batuta"... o evento todo era simplesmente "dirigido" pelo IDAC. Houveram problemas-extras. Gastos a mais.. e novamente, desabafando.... não terei o privilégio de contar com este grandioso evento !!! Algumas coisas nesta cidade parecem não funcionar mesmo... no que tange a parte cultural e histórica.
* levemente, senti um ar de descaminho quanto a questão orçamentária... saudades daquele tempo.
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