Acordo com uma lágrima aos olhos.... sonhei com minha digníssima madrinha, sra. Dona Ercília de Oliveira Pompeu, que aos seus 90 anos (completados em 18 de julho), significou uma grande perda não somente para parentes, amigos e familiares ou a sociedade, porém, para a história de minha cidade. "Dona Ercília" como era costumeiramente citada, era considerada uma enciclopédia sobre o nascimento e o desenvolvimento de Dourados. Na casa onde morava, bem no centro da cidade, recebia diariamente visitas de professores em geral, historiadores, jornalistas e acadêmicos de história. Nunca se negou em relatar os fatos antigos de Dourados com uma memória de dar inveja a muitos jovens de hoje. Pelo contrário, sua maior satisfação era poder contribuir para a nossa história e agradar ao máximo quem visitava sua casa. Gostava muito de crianças e era a benzedeira mais tradicional da cidade. Muitos adultos hoje já formados e independentes, influentes no meio social, já passaram quando bebês pelas mãos de Dona Ercília. Autora da primeira monografia sobre a história de Dourados e neta de João Rosa Góes, um dos fundadores da cidade, Dona Ercília era o símbolo da sabedoria, religiosidade e lealdade. Ela era mãe do delegado aposentado Oduvaldo de Oliveira Pompeu, o Telê. Testemunha ocular da história da cidade e comerciante por décadas seguidas, embora nunca tenha sido candidata a nenhum cargo eletivo, dona Ercília era autora da primeira Monografia sobre a História de Dourados e uma espécie de patrimônio vivo da moral e da ética. Ela chegou em Dourados em 26 de janeiro de 1919 com apenas um ano, muito antes da emancipação do Município, que aconteceu em 1935.
Nenhum comentário:
Postar um comentário